quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Minerim Chifrudo

U Minerim cordô cêdo, ispriguíçô, lavô as mão na gamela, limpô uszói, sinxugô, tomô café, pegô a inxada, sivirô pra muié, I falô:

- Muiééé, tôin trabaiá.

Quand'êle saiu da casa, ó invêiz dií prá roça, ele subiu num pé di mangai ficô iscundidim.

De repente, pareceu um cumpadi Negão.

Ele foi inté u pé dimanga I nem si percebeu q`o minerim tava láinriba. Pegô uma manga ... chupô, pegô ôtra, I mais ôtra... I a muié du caboquim chegô na janela e gritô:

- Pó'vim, q'ele já foi! O Negão largô as manga, I sinfurnô denda casa du mineirim.

O caboquim, danado de réiva, desceu da árve, pegô um facão e intrô na casa.

Quand'ele abriu a porta, ele viu o Negão ca boca nas teta da muié.

Intonsi ele levantô u facão e falô:

- Vai morrêêêêê Negão!!!

Num é q`o cumpadi Negão puxô dum 38 da cintura, I pontô pro minerim falano:

- Pru que que eu vou morrê?

E o caboquim:

- Uai cê chupô trêis manga e agora tá mamando leite. Assim cê vai morrê. Manga cum leite faiz mar, uai!!!

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