Pelo regimento do Legislativo, uma PEC precisa ter o apoio de 27 senadores para poder tramitar. A proposta apresentada por Cyro que extingue os vencimentos de vereadores em cerca de 4 900 municípios foi além: recebeu o aval de trinta parlamentares de dezessete estados.
O fim da remuneração dos parlamentares municipais recebeu o apoio de todos os senadores das bancadas de Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Entre os senadores de São Paulo, Aloysio Nunes Ferreira e Eduardo Suplicy assinaram.No Amazonas, a proposta teve as assinaturas de Alfredo Nascimento e Eduardo Braga, o mesmo acontecendo no Mato Grosso do Sul (Antonio Russo, Delcídio do Amaral), Pernambuco (Armando Monteiro, Humberto Costa), Mato Grosso (Blairo Maggi, Pedro Taques), Espírito Santo (Magno Malta, Ricardo Ferraço), Rondônia (Ivo Cassol e Valdir Raupp).Os outros senadores que assinaram a proposta do senador goiano foram Álvaro Dias (PR), Benedito de Lira (AL), Anibal Diniz (AC), Flexa Ribeiro (PA), Inácio Arruda (CE), Lobão Filho (MA) e João Vicente Claudino (PI).
Cyro Miranda acredita que com a medida, os vereadores passarão a assumir o cargo eletivo"em razão de sua condição cívica, de sua honorabilidade ou de sua capacidade profissional", sendo, em sua opinião, selecionados candidatos comprometidos com a ética, o interesse público e o desenvolvimento local.
No Paraná 366 dos 399 municípios, incluindo Floraí, não teriam seus vereadores remunerados caso essa proposta seja aprovada.
Um comentário:
Uma ideia hipócrita. O trabalhador "comum" não conseguiria "bancar" esta representatividade. Seria a volta dos "Homens Bons", versão contemporânea. Os grandes empresários, bicheiros, traficantes, construtores, especuladores, entre outros devem estar eufóricos com a grotesca e remota possibilidade. Um atentado contra a Democracia e contra históricas conquistas populares. Em cidades como a minha (Tanguá-RJ), de cerca de 35 mil habitantes, seria um retrocesso. Deu frio na espinha..
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