Simão de Cirene foi de acordo com os Evangelhos sinópticos um homem que foi obrigado pelos soldados romanos a carregar a cruz de Jesus Cristo até ao Gólgota, o local onde Jesus foi crucificado. Era pai de Alexandre e Rufo, e levou a cruz a pedido dos soldados romanos até o lugar chamado "Gólgota" , que hoje muitos chamam de "Calvário".
De acordo com os evangelistas Marcos e Lucas, Simão era oriundo de Cirene, nome de uma região do Norte de África que hoje se situa na Líbia.
Estes dois evangelistas afirmam que Simão "passava, vindo do campo" (Mc 15, 21; Lc 23, 26), o que pode significar que ele vinha naquele instante directamente de Cirene para a celebração da Pessach (em Cirene existia uma importante comunidade judaica) ou talvez vinha da área rural de Jerusalém.
O Evangelho de João não refere o episódio de Simão, dando pelo contrário ênfase à ideia de que Jesus teria carregado sozinho a cruz até ao Gólgota. Esta atitude pode encontrar-se relacionada com um desejo de tentar dissipar qualquer tipo de rumor relacionado com a substituição de Jesus por Simão de Cirene no momento da crucificação. É precisamente esta a visão islâmica sobre a vida de Jesus (Isa): este não morreu na cruz, tendo sido levado para o céu por Deus; Simão de Cirene (ou então Judas Iscariotes) morreu no seu lugar.
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